31 outubro, 2006

Longa Vida ao Hubble

Algum tempo atrás, como uma das conseqüências das restrições de vôos da frota de Ônibus Espaciais dos EUA devido ao acidente com o Columbia, a NASA havia anunciado que não mais iria fazer vôos de manutenção periódia ao Telescópio Espacial Hubble, cuja substituição definitiva está programada para 2013, quando o Telescópio Espacial James Webb for lançado. Assim sendo, ficaríamos anos sem um bom telescópio espacial.

Contudo, hoje a NASA anunciou a notícia de que a agência repensou esta questão e vai sim providenciar mais uma missão de manutenção ao Hubble, extendendo sua vida útil até o início das operações do James Webb.

Hubble Saved: NASA Approves Shuttle Flight to Service Space Telescope
By Tariq Malik
Staff Writer
posted: 31 October 2006
10:09 a.m ET

The decision is in and the Hubble Space Telescope is saved.

NASA announced Tuesday that it will go ahead with one final space shuttle mission to repair and upgrade Hubble after months of debate over the risks of such an endeavor.

In the end, the decision came down to NASA chief Michael Griffin, who has long said that he would support a proposed Hubble servicing mission provided its risk did not exceed that already accepted for other shuttle flights. The mission will add years onto the Hubble’s lifetime and could help NASA prepare the space telescope for its ultimate, but controlled, plunge through the Earth’s atmosphere.

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Excelente notícia, sem a menor sombra de dúvida. Mais uma peça do programa espacial o qual realmente dá para se tirar o máximo de "bang" pelo "buck" gasto nele -- e que vale a pena.

30 outubro, 2006

Não estava te ouvindo, mas tá melhor agora

Por Khaless, finalmente parece que algumas pessoas estão pensando que seria interessante haver alternativa a atual tendência de telefones celulares abarrotados de viadagens e funções inúteis, e modelos simples mas de boa tecnologia para telefonia celular estão sendo pensados, como este da Motorola.

Toques telefônicos gracinhas, browsers irritantes, porcarias de câmeras com lentes que parece ter sido olho-mágico de portas usadas, enfim, os telefones celulares atuais estão carregados de inutilidades que comprometem o conjunto. Chega destes "Jack of All Trades but Masters of None". Se a coisa não é para ser um real PDA decente com capacidade de telefone decente, então que tenha somente boa qualidade de conversação e recepção, uma agenda funcional, conectividade adequada com outros aparelhos e boa carga de bateria.

29 outubro, 2006

Sic transit gloria mundi

Em coroação de reis e papas, e nos triunfos de generais romanos, sempre houve diversas variações desta expressão em latim, para lembrar aos vitoriosos que a glória é sempre efêmera.

É bom que esta atual Administração no Palácio do Planalto não perca isto de mente. Não a tomem por padrão. Pelo menos, a mera ocorrência do segundo turno já serviu um pouco para estabelecer isto.

18 outubro, 2006

Comercial da Honda UK

Videozinho já com alguns anos, mas que sempre me agrada, o comercial da Honda da Grã-Bretanha do Accord, com a sequencia de peças.



E sim, tudo nele aconteceu realmente, sem o uso de computação gráfica.

10 outubro, 2006

Sim, concordo: beleza mesmo

Realmente tem sido algo engraçado ver as reações "Olhem mas que gracinha" que Manuela D'Ávila (PCdoB, RS) tem gerado, como a Deputada mais votada no Rio Grande do Sul na eleição parlamentar de 1 de outubro passado.

A ideologia da moça não combina em absoluto com a minha, sem dúvida alguma, mas devo admitir que pode se tornar um saco para ela ter que lidar com a questão de aparência, uma vez que quer ela goste ou não, aparência e postura jovial devem ter colaborado para seu desempenho eleitoral. Ela só não pode deixar isto tomar todo o oxigénio da sala, claro, senão não deve conseguir discutir com seus correligionários nenhuma das velhas idiotices latino-americanas as quais tanto gostam de debater.

Fomos perguntar a posição a respeito desta relevante questão para um ex-POTUS, nada menos. Mesmo a guria sendo militante dos quadros da esquerda mais fervorosa, nosso interlocutor não se fez lá muito rogado:


Faço minhas as palavras do nobre estadista...!

Ora, bordas!

Conforme relata este artigo da AP no website do Washington Post...

Mexico May Take Fence Dispute to U.N.
By JENNY BARCHFIELD
The Associated Press
Monday, October 9, 2006; 10:22 PM

PARIS -- Mexico's foreign secretary said Monday the country may take a dispute over U.S. plans to build a fence on the Mexican border to the United Nations.

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Bem, vamos deixar claro as coisas primeiro: acredito que a idéia em si da construção da cerca na fronteira entre o México e os EUA não é realmente lá uma grande idéia: além de não ser nada simpático, é de implantação cara, manutenção difícil e não é garantia real de resolver problema imigratório algum. Mutcho bene.

Agora, isto posto, que raios de atitude ridícula é esta a do México, de querer levar protesto para as Nações Unidas sobre os EUA construírem a cerca? Isto não é como o muro entre Israel e os territórios palestinos, que atravessam terreno contestado. Boa idéia ou não, os EUA tem o pleno direito de construírem o aparato que bem entendem do seu lado da fronteira, dentro de seu próprio território. No mínimo, é bom que as Nações Unidas mande para os Mexicanos um "Sosseguem o facho vocês também, vai" em cima da choradeira toda deles a respeito do tema.

07 outubro, 2006

Poder Absoluto... bem, você conhece o ditado.

Estava lendo hoje a crítica da The New Yorker sobre o filme All the King's Men, estrelado por Sean Penn e baseado em um romance de 1946 com o mesmo título, escrito por Robert Warren, que também gerou uma versão cinematográfica em 1949.

O livro e versões filmadas mostram a carreira política de Willie Stark, um homem simples que se torna um líder populista; o personagem foi algo baseado em um Governador da Louisiana nos anos 30, Huey Long.

Méritos do filme à parte ou não, o que me chamou a atenção no artigo foram algumas passagens, como...

Ataques a ele [Willie] vindo de outros políticos são, ele diz, um ataque ao povo.

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Mas a fábula é clara já no básico: um homem do povo com boas intenções se apaixona pelo poder, e corrompe a si mesmo e as pessoas a sua volta.

E ainda no artigo da Wikipedia a respeito do livro original...

Inicialmente Willie genuinamente se importa com as classes mais desfavorecidas da qual ele veio, e em geral usa sua influência para realizar o bem. Contudo, o acúmulo de poder que ele consegue acaba por corromper suas nobres intenções. Eventualmente, Willie vive e governa principalmente para servir a si mesmo.

Descrições deste tipo para políticos não são realmente muito novidade, mas seja como for, os deixo com uma pergunta meramente retórica.

Lembra alguém que você conhece?

06 outubro, 2006

Volta ao Colégio

Vez e outra, quando há eleições presidenciais nos EUA, um dos passatempos da esquerda é criticar o sistema de "Colégio Eleitoral" dos EUA, onde o vencedor em um dado estado leva todos os votos eleitorais do estado, exceto no Maine e Nebraska, onde pode ocorrer alguma divisão, embora isto não tenha ocorrido em tempos recentes.

Ah, mas como alguns destes idiot... digo, quadros da esquerda brasileira, particularmente os desculpista desta atual Administração no Planalto, como eles adorariam que neste momento o Brasil tivesse um sistema idêntico ao dos EUA.

Pois se fosse o caso, o Lula já teria vencido a eleição, e com alguma folga, até.

Usando a quantidade de Deputados Federais como parâmetro para criarmos um cenário de simulação do Brasil ter o mesmo sistema americano, teríamos uma situação onde o vencedor precisaria acumular 257 Votos Eleitorais para levar a eleição (nos EUA são necessários 270).

Considerando o resultado nos estados e sua representação na Câmara, o mapa eleitoral brasileiro ficaria como segue a imagem (Até para combinar, ao melhor estilo americano, vamos usar as cores "invertidas": vermelho para aquele mais à direita no espectro político, azul para aquele mais à esquerda):


Mapa este baseado nesta divisão de Deputados para equivaler aos VE do suposto Colégio Eletoral Brasileiro:

UF - Vencedor, VE
Acre - Alckmin, 8
Alagoas - Lula, 9
Amapá - Lula, 8
Amazonas - Lula, 8
Bahia - Lula, 39
Ceará - Lula, 22
Distrito Federal - Alckmin, 8
Espírito Santo - Lula, 10
Goiás - Alckmin, 17
Maranhão - Lula, 18
Mato Grosso - Alckmin, 8
Mato Grosso do Sul - Alckmin, 8
Minas Gerais - Lula, 53
Pará - Lula, 17
Paraíba - Lula, 12
Paraná - Alckmin, 30
Pernambuco - Lula, 25
Piauí - Lula, 10
Rio de Janeiro - Lula, 46
Rio Grande do Norte - Lula, 8
Rio Grande do Sul - Alckmin, 31
Rondônia - Alckmin, 8
Roraima - Alckmin, 8
Santa Catarina - Alckmin, 16
São Paulo - Alckmin, 70
Sergipe - Lula, 8
Tocantins - Lula, 8

Ou seja, Lula teria vencido com 301 VE, ou 58,67% em porcentagem, enquanto Alckimin teria ficado com 212 VE, equivalente a 41,33%.

Claro, está é uma extrapolação seca baseado no número de Deputados como é no momento. Mas acredito que um cálculo baseado em como era o Colégio Eleitoral da época da ditadura, ou um mais próximo aos valores dos EUA (mínimo de 3 VE, máximo de 55) não daria um resultado tão diferente.

Notemos que em porcentagem, o resultado para Alckimin teria sido semelhante ao que foi em votos populares. Mas como neste cenário os demais candidatos não teriam vencido estado algum, seus votos então não teriam pesado tanto, ou no mínimo, ajudado Lula carregar determinados estados valiosos, como o Rio de Janeiro.

Uma ironia curiosa, para dizer o mínimo. Claro, pode sempre servir como justificativa para comentar algo sobre como supostamente o sistema americano estaria obsoleto. Seja como for, tem funcionado bem lá (pouquíssimas ocasiões o vencedor teve menos votos populares, e mesmo assim, por pouca coisa) e tem suas próprias vantagens. Mas que teria vindo bem a calhar para os desculpistas da atual Administração no Planalto manterem o seu mimoso lá.