
Foi a Varig que construiu dos anos 30 aos 60 a rede de comunicações e navegação que dava suporte a navegação aérea no Brasil? Não, foi a Panair. Foi a Varig que literalmente construiu e operava aeroportos no Norte e Nordeste? Não, foi a Panair, e toda esta infra-estrutura foi saqueada pelo estado quando da sua liquidação fraudulenta. Eram as agências da Varig na Europa, Ásia, África e Oriente Médio a servirem de "virtuais embaixadas" brasileiras nestes locais? Não, eram as lojas da Panair, as quais muitas depois se tornaram da Varig, para ela agora ficar arrotando esta arrogância. Foi a Varig que criou a Celma, a então melhor empresa de manutenção de aeronaves no país? Não, foi a Panair.
Em fevereiro de 1965, onde é que estava então o patriotismo da Varig em assumir as rotas da Panair do Brasil para os estados da Amazônia, que voava para lá de Catalina e outros hidroaviões? Assumiram estas rotas? Não, claro que não. Ficaram com Paris, Londres e quetais, rotas assumidas com uma rapidez e eficiência absurda, mas atender a Amazônia? Há! E AGORA querem vir com a pachorra de afirmar que este país tem que dar graças à Varig pelo desenvolvimento de sua aviação civil? Este tipo de revisionismo histórico é um desrespeito e um acinte. Então, já que querem tanto usar da conversa fiada de "Apelo a Emoção", "Apelo à Piedade" ao invocar para a "história" da Varig, então vamos lembrar também dos capítulos ruins desta história, e pararem de tomar para si determinados créditos históricos os quais não lhes pertencem todos.