É extremamente louvável que a oportunidade que surge
com a viagem do Lula à Argentina, a Ministra do Supremo, Ellen Gracie, seja a primeira mulher a ocupar o cargo de chefe do Poder Executivo no Brasil (considerando que outros na linha sucessória também estão em viagem, seja prática ou seja para evitar quebrarem a legislação eleitoral), mas uma coisa sempre me incomodou nisto. Porque é que cargas d'agua se precisa necessariamente que outra pessoa assuma a Presidência quando o ocupante desta posição viaja? Este tipo de coisa podia fazer sentido no início do século passado, mas com os mais recentes avanços em telecomunicações, e o Executivo Brasileiro contando com seu novíssimo Palácio do Planalto voador, este tipo de procedimento já demonstra estar na hora de ser revisto. Se o Brasil fica com um Presidente em exercício no local, o que é que a outra pessoa que está fora do país é, afinal? Não deixa de ser Presidente.