20 setembro, 2005

O que ando lendo

No momento, três obras se revezam entre meu criado-mudo e mochilas. A primeira delas é Rumo ao Infinito, escrito por Salvador Nogueira, jornalista de ciências da Folha de S. Paulo e bom amigo deste missivista. A narrativa é bem agradável, e o livro aborda boas questões sobre astronomia, exploração espacial humana, suas justificativas e retorno prático, e o que podemos esperar de novidades na área. Tem um pouco para todos, desde o leigo na área, até o entusiasta informado -- repassa de maneira adequada os diversos programas espaciais humanos, dedica capítulos a aspectos não tão divulgados quando deveriam, como a questão de Objetos Próximos à Terra e iniciativas privadas de exploração espacial, e diversas outras questões. O prefácio escrito pelo astronauta brasileiro, o Tenente Coronel da Força Aérea Brasileira Marcos Pontes, vale o destaque; um endosso da qualidade da obra, sem dúvida. Sou suspeito para recomendar a compra? Friamente falando talvez fosse, mas se fosse você, não me intimidaria nem um pouco por esta possibilidade infundada, porque se assim o fizer, vai acabar deixando de ler um excelente livro na área.

Outros dos livros é o clássico A Origem das Espécies, de Charles Darwin, que dispensa apresentações -- a obra que definiu o moderno estudo da origem da vida na Terra, e a sua evolução. É uma leitura que eu tinha intenção de fazer já a um bom tempo, pois se eu acredito que quero estar minimamente apto a debater na velha questão Teoria da Evolução versus outras... especulações fantasiosas, se familiarizar com a obra original de Darwin é passo básico para este preparo. Mesmo considerando os aspectos que tenham sido melhor reexaminados ao longo do último século e meio desde que foi escrito, é da maior relevância e importância.

Não avancei demais nele ainda, pois não é leitura frívola, pede atenção e cuidado. Afinal de contas não estamos falando de um romance de rapidamente virar página, mas sim um trabalho acadêmico sério. Mas mesmo enquanto leitura per se, é mais divetido do que alguém poderia imaginar. O tom meio que "vitoriano" do estilo de escrita de Darwin dá um certo charme especial que, embora é compreensível que faça parte do texto, confesso que não tinha antecipado.

A terceira, por fim, é um pocket book em Inglês baseado na franquia de Jornada nas Estrelas, mas vou me abster de detalhes a respeito por ora... para este fim, uma resenha sobre o livro estará na ordem do dia para publicação no Trek Brasilis, como já de costume.